• Sobre
  • María Laura Babikian
  • Colunistas
  • Depoimentos
  • 3º Setor
    • Justiceiras
    • Projeto Somar
    • Instituto Liberta
  • Contato

Nenhum produto no carrinho.

Entrar | Registrar
O Caminho do Encontro
  • Home
  • Nossos Pilares
    • Autocuidado
    • Saúde
    • Entretenimento | Conexão
    • Novas Habilidades
    • Planejamento | Propósito
  • Encontros
    • Formas de Encontro
    • Histórico de Encontros
    • Papo & Panela
  • Agenda
  • Garimpo
  • Books Club
  • Films Club
    • Filmes
    • Séries
    • Ted Club
  • Podcast
  • Lives
  • Home
  • Nossos Pilares
    • Autocuidado
    • Saúde
    • Entretenimento | Conexão
    • Novas Habilidades
    • Planejamento | Propósito
  • Encontros
    • Formas de Encontro
    • Histórico de Encontros
    • Papo & Panela
  • Agenda
  • Garimpo
  • Books Club
  • Films Club
    • Filmes
    • Séries
    • Ted Club
  • Podcast
  • Lives
O Caminho do Encontro
Home Sexualidade

Menopausa, Libido e Desejo Sexual

Dra. Flavia Fairbankspor Dra. Flavia Fairbanks
09/04/2022
em Sexualidade
3

A Organização Mundial da Saúde definiu que, para uma pessoa ser considerada saudável, existem 4 pilares: ter uma saúde física, completa; saúde mental preservada; saúde econômica-social (ter como viver, onde viver, etc); saúde sexual resguardada.

Cerca de 40% das mulheres já têm, cronicamente, alguns problemas em relação às questões sexuais. Por volta dos 40 anos em diante, uma mulher já pode passar por questões hormonais, e as que estiverem em torno dos 50 podem estar passando pelo advento do climatério, sendo a menopausa a última menstruação dessa mulher.

Muitas mulheres nesta fase dizem “eu consegui resolver uma série de problemas. Não tenho mais ondas de calor, resolvi o problema da insônia, já não tenho mais uma flacidez tão grande na pele e assim por diante, mas não consigo resolver a questão sexual.” Muitas vezes a mulher acha que está deprimida, ou com a autoestima baixa, mas quando começamos a investigar, este é apenas a ponta do iceberg. Portanto, é muito importante abrir o jogo, e é preciso conversar não só com o terapeuta, com o ginecologista, ou uma amiga, mas com seu parceiro.

A comunicação é o fator mais importante. Quando um casal tem abertura para falar desses problemas, é possível resolver mais de 40 a 50% dos casos das disfunções sexuais. Muitas dessas dificuldades são apenas de um alinhamento de expectativas em relação às questões da sexualidade. É preciso lembrar que quando existe um casal com uma faixa etária parecida, os dois estão sujeitos a alterações semelhantes nesta fase. Se as mulheres expõem suas dificuldades relacionadas à de falta de desejo, menor lubrificação e menor disponibilidade, muitas vezes descobrem que o parceiro também está passando por sintomas semelhantes. Isso traz um grande alívio para o casal. Uma pessoa que esteja bem consigo mesma em qualquer um dos aspectos, tem uma chance infinitamente maior de estar bem do ponto de vista sexual, do que uma pessoa que tem qualquer tipo de problema pingando diariamente sobre sua saúde sexual e sobre seu relacionamento. Grande parte das vezes as pessoas conseguem buscar soluções para os seus problemas pessoais, mas deixam de lado as soluções para as dificuldades do relacionamento. Hoje em dia, para o tratamento da saúde sexual, é indicado a psicoterapia individual, e em paralelo, a terapia de casal. Então não existe mais aquela situação de que terapia de casal é o último recurso antes do divórcio, ou antes do término de um relacionamento. A terapia de casal já está indicada para qualquer casal que se encontre em uma dificuldade de relacionamento, inclusive as dificuldades sexuais. Quando o relacionamento já está estressado, é muito difícil que uma conversa de um assunto espinhoso, como por exemplo, uma dificuldade sexual entre o casal, não gere mais atrito. Então temos que reforçar o papel importante dos terapeutas sexuais e dos terapeutas de casal para auxílio nessa questão.

Outro assunto muito importante e frequente, são os relacionados aos nossos mitos, nossas crenças, aos tabus que trazemos, às vezes desde a infância. Temos um padrão muito parecido de família. A mulher é criada desde a época mais antiga, de que existe uma série de restrições e que visar no seu próprio prazer é errado. E chega um determinado momento da vida em que ela quer desfrutar ao máximo de um prazer que, no seu íntimo, e isso é  visto como errado. Na hora em que ela pode começar a desfrutar, – porque já foi mãe, já não tem o medo de ficar grávida, está bem com o seu corpo e entrando em uma série de aspectos da maturidade que a faz mais livre -, a sociedade como um todo e o homem não estão preparados. Mas a mulher não pode colocar toda a responsabilidade na menopausa, e toda a solução na reposição hormonal. A cabeça é o psicológico, e é lá que moram e giram os problemas. É ali que a gente tem que fazer o maior investimento, e nessa fase da vida é uma tendência muito comum de inverter as coisas e falar que todos os problemas existem porque se está passando pelas questões da menopausa. E não é isso… Existe um estudo publicado por uma pesquisadora dos Estados Unidos que mostrou que quando a mulher chega bem na menopausa, ou seja, ela teve uma saúde geral e sexual boa durante toda a sua vida, ela tem uma chance infinitamente menor de ter problemas decorrentes da questão hormonal nessa fase do que qualquer mulher que nunca lidou com a questão e resolva tratar de todos os seus problemas, inclusive sexuais, na época da menopausa. Assim, é preciso começar a investir na saúde sexual enquanto a mulher é extremamente jovem. As questões sexuais têm que ser trabalhadas sempre em paralelo com a vida da mulher, e não só a partir do momento em que ela encontra um problema. Em muitos casos se percebe que sempre houve um problema, mas que nunca foi abordado adequadamente e quando ele se torna gigante, aí acende uma luzinha e a pessoa quer resolver. Portanto, não fique em sua zona de conforto, porque a mulher no fundo, sabe. Muitas vezes falta coragem, ou parece que a chegada dessa fase na vida, de buscar alguma mudança, alguma transformação vai desencadear muitos processos. Mas a conta chega. O que a gente vê cada vez mais é que as mulheres estão mais instruídas, as fontes de informação são cada vez mais disponíveis e melhores, mas o que tem de diferente nessa questão toda é que, dependendo do que essa mulher estiver vivendo, se está trazendo sofrimento ou não, é só ela que pode saber.

Outro ponto importante é a questão hormonal. Aquela mulher que sempre teve uma vida sexual satisfatória e que de repente, com o advento da menopausa ou do climatério até tem vontade mas o corpo não funciona; ou tinha vontade e agora não consegue mais ter lubrificação e não atinge mais o orgasmo. A primeira coisa que essa mulher percebe é uma demora significativa em atingir o orgasmo. Ela, então, começa arranjar várias desculpas: está preocupada, o dia não foi bom… Mas, na verdade, clinicamente falando, chega menos sangue, literalmente, na região vaginal e estimula menos os mecanismos de excitação feminina. Então, o envelhecimento, o enrijecimento das artérias, talvez alguma doença cardiovascular, uma hipertensão, pré diabetes, uma medicação que a mulher utilize, enfim, qualquer fator pode diminuir o fluxo sanguíneo para aquela região e isso começa a fazer com que atingir o orgasmo fique mais difícil. Quando isso acontece, a mulher se desestimula e vai se desinteressando. Consequentemente, por causa dessa falta de interesse, há a questão da diminuição da lubrificação e um atrito maior na relação sexual. Esse atrito causa desconforto e, em muitas dessas mulheres acaba causando infecções urinárias de repetição, corrimento depois da relação sexual, desconforto com cólicas nos dias subsequentes e assim por diante. E assim, a mulher passa a não ter mais vontade, e isso acontece com qualquer coisa que traga falta de prazer e na sequência, sofrimento.

Portanto, as mulheres precisam investigar se a disfunção ou a dificuldade que estão apresentando tem ou não a ver com a menopausa. Aquelas que analisaram todos os pontos citados anteriormente e apresentam algumas questões, podem ter uma base hormonal importante e isso pode ser ajudado com um bom tratamento. Aquelas que já apresentavam dificuldades em relação a não ter vontade, sem se preocuparem se o corpo está respondendo ou não, na grande maioria das vezes tem causas psicológicas associadas. Responsabilizar a menopausa, a questão hormonal pelas falhas dessa fase, é ter um olhar reduzido, porque não é assim que funciona. 60% dos casos são mulheres com problemas na esfera psicológica. Normalmente são problemas de desgaste de relacionamentos longos, perda de admiração pelo parceiro, dificuldades físicas associadas, uma frustração em relação ao parceiro ou ao relacionamento em si. Então, quando uma mulher nessa fase quiser saber o que fazer, ela precisa primeiro perceber se existe um problema de fato relacionado com esta fase hormonal pela qual está passando, ou se há um problema ligado às outras questões pessoais, de relacionamento, de criação, de mitos e tabus e tudo mais que só se agravou ou só aflorou.

A mulher precisa procurar se sentir bem consigo mesma, e não carregar a responsabilidade da relação, porque as relações são bilaterais. Hoje em dia essas questões de saúde sexual são tão importantes, que mesmo em centros de medicina reprodutiva ou saúde reprodutiva, ou ainda as clínicas de reprodução já estão olhando para as questões da sexualidade. Porque obviamente um casal que tem dificuldade sexual tem menor chance de conceber. A associação entre infertilidade e disfunção sexual é muito grande, porque a mulher se responsabiliza. Muitas mulheres associam o ato sexual a engravidar, e isso acaba levando a uma disfunção sexual. A anorgasmia é a segunda disfunção sexual mais comum nas mulheres, e só vem atrás da falta de desejo sexual, e pode atingir 40 a 45% das mulheres em alguma fase da vida. O prazer sexual feminino também passa pelo orgasmo, mas não é obrigatoriamente vinculado com ele…

A finalidade principal de uma atividade sexual entre um casal de longa duração (casal que está junto há mais de 6 meses) é a proximidade, e a mulher quer cuidar do relacionamento. Isso explica muito a atividade sexual dos casais da terceira idade, porque não é a prática sexual, mas a aproximação, o vínculo, e reforçar a ligação existente. Esse é disparado o maior motivo pelo qual as mulheres têm atividade sexual depois de um determinado momento em relação à um relacionamento longo. É muito importante entendermos que, apesar das dificuldades trazidas pelo corpo, pelas questões hormonais, é preciso preservar ou tentar buscar, pelo menos ainda que internamente, essa vontade de ficar junto, seja do jeito que for. Na verdade, o que mantém os casais satisfeitos do ponto de vista sexual é encontrando as expectativas que façam com que os 2 fiquem mais ligados e mais unidos. Então, quando a mulher tiver certeza ou quando o casal tiver certeza de que conseguiu chegar nesse ponto, independente da prática que tiverem, eles vão conseguir ter a satisfação que está sendo tão buscada, não importando o tipo de prática sexual que esteja sendo vivida por eles.

Tags: autoconhecimentoautocuidadoautoestimadesejosexualflaviafairbankslibidoMariaLauraBabikianMenopausasaudesexualidade
CompartilheWhatsApp
Dra. Flavia Fairbanks

Dra. Flavia Fairbanks

• Mestrado e Doutorado em Ginecologia pela USP • Especialização em Endometriose e Sexualidade Feminina • Professora Associada da Universidade de Miami • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da FMUSP de 1999 a 2001; • Preceptora da Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP de 2002 a 2003; • Mestrado em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP em 2007; • Especialização em Endometriose no Hospital das Clínicas da FMUSP; • Pós-Graduação Latu Sensu em Sexualidade Humana pela FMUSP de 2006 a 2008. Sócia Efetiva • Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia; • Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo; • Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva; • Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. • Número de registro no CRM: 93879/SP.

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja Também

O corpo tem suas razões: Antiginástica e consciência de si

16/05/2022

Burnout Sexual

20/04/2022

TDSH: Você sabe o que é?

30/03/2022

Como abordar a falta de desejo sexual nas diferentes fases da vida?

30/03/2022

Saúde sexual

10/03/2022

Menopausa, Libido e Desejo Sexual

17/02/2022
No Result
View All Result

EVENTOS

maio 31
Featured Destacado 19:30 | 20:30

Live: Depressão na mulher adulta

jun 7
Featured Destacado 16:30 | 18:30

Encontro Presencial: “O poder da paixão e da perseverança sobre nossas escolhas”

jun 14
Featured Destacado 19:00 | 20:00

A coragem de não agradar

Ver agenda

Temas


Atividade Física
Autoconhecimento
Autocuidado
Autoestima
Beleza
Câncer
Collab
Comportamento
Conexão
Dermatologia
Doenças Autoimunes
Empreendedorismo
Empresas Familiares
Entretenimento
Família
Feminismo
Finanças Pessoais
Gastronomia
Governança Corporativa
Histórias de Vida
Hobbies
Jurídico
Manualidades
Maternidade
Menopausa
Novas Habilidades
Planejamento
Propósito
Relacionamento
Saúde
Sexualidade
Tecnologia
Terceiro Setor
Vínculos Afetivos

Siga-nos

COLUNISTAS

  • Dra. Adriana Vilarinho
  • Candice Pomi
  • Dra. Claudia Cozer Kalil
  • Dra. Flavia Fairbanks
  • Dr. Luiz Kignel
  • Dra. Márcia Setti
  • Maria Laura Babikian
  • Silvia Tocci Masini
  • Dra. Waldenise Cossermelli

Playlist do Caminho

Ouça no Spotify Ouça no Spotify Ouça no Spotify

RECENTES

Garimpo da Semana

Garimpo da Semana

por María Laura Babikian
27/05/2022

Leia mais »

O Caminho dos livros

27/05/2022

Aceitar para poder Transformar

26/05/2022

O Caminho da autoestima

26/05/2022

O Caminho da aromaterapia

25/05/2022

Newsletter

Inscreva-se para receber
as novidades do Caminho!

Próximo

Círculo da Vida

#tagsdocaminho

Tags

#mulheresreais amor arte autoconfiança autoconhecimento autocuidado autoestima autoestimanamaturidade booksclub cinema cinquentérrimas comportamento coroas cultura editorial emocoes entretenimento familia garimpo garimpocultural garimpodasemana live livenaintegra livros MariaLauraBabikian maturidade maturidadeemocional mulheres40mais mulheres50mais mulheres60mais mulheresempreendedoras mulheresfortes mulheresinspiradoras mulheresmaduras mulheresresilientes ocaminhodoencontro proposito qualidadedevida relacionamento resiliencia respeito saude sexualidade terceirosetor transformacao

Nossos Pilares

Garimpo da Semana

por María Laura Babikian
27/05/2022

O Caminho dos livros

por Silvia Tocci Masini
27/05/2022

Aceitar para poder Transformar

por María Laura Babikian
26/05/2022

Instagram

Lives

Autoconhecimento

Aceitar para poder Transformar

...

por María Laura Babikian
26/05/2022

><(((º> 17

No Result
View All Result
  • Home
  • Sobre
    • O Caminho do Encontro
    • María Laura Babikian
    • Colunistas
    • Depoimentos
    • 3º Setor
      • Justiceiras
      • Projeto Somar
      • Instituto Liberta
  • Nossos Pilares
    • Autocuidado
    • Saúde
    • Entretenimento | Conexão
    • Novas Habilidades
    • Planejamento | Propósito
  • Encontros
    • Formas de Encontro
    • Histórico de Encontros
    • Papo & Panela
  • Agenda
  • Garimpo
  • Books Club
  • Films Club
    • Films Club
    • Filmes
    • Séries
    • Ted Club
  • Lives
  • Podcast
  • Contato
  • Entrar
  • Registrar-se
  • Entrar
  • Registrar
  • Cart

Entrar

Sign In with Facebook
Sign In with Google
OR

Entre com seus dados abaixo

Esqueceu a senha? Registrar

Criar uma conta!

Sign Up with Facebook
Sign Up with Google
OR

Preencha o formulário abaixo para se registrar

Todos os campos são obrigatórios. Entrar

Recuperar senha

Entre com seu nome de usuário ou e-mail para redefinir sua senha.

Entrar
WhatsApp us
Skip to content
Open toolbar

Acessibilidade

  • Aumentar texto
  • Diminuir texto
  • Tons de cinza
  • Contraste
  • Negativo
  • Fundo claro
  • Sublinhar links
  • Fonte legível
  • Reset
  • Contato