O que os personagens de ‘Baleia’e ‘Elvis’ têm em comum? Muita coisa!
São dois personagens onde, apesar de estarem em diferentes épocas, o excesso, a falta de limites, a dificuldade de se vincularem com suas próprias emoções e sentimentos, faz com que busquem na comida, no álcool ou na droga, uma saída quase mágica para anestesiar tudo o que sentem e não podem conectar ou verbalizar.
Indiscutivelmente, a realidade mostra uma visão completamente diferente.
Trazendo ao nosso dia a dia…
Por que temos tanta dificuldade de sentir, reconhecer o que nos faz bem e o que não, colocar limites, separar de nossas relações tóxicas, falar de nossos desejos?
Pessoalmente, Baleia eu adorei. Me fez pensar nas angústias de nossos dias e como vamos administrando, principalmente nossas relações afetivas. Como descontamos nossos medos, receios, ansiedades, dificuldades, aspirações, em coisas que não nos fazem bem.
Quanto nossa qualidade de vida melhoraria como um todo se pudéssemos vincular com o que sentimos… sem culpa, respeitando os nossos sentimentos e o que necessitamos!
Acima de tudo, quanto poderia ser diferente se pudéssemos conseguir falar mais o que sentimos, compartilhar nossas dores, ser enxergados apesar de nossas fraquezas.
Isso é possível quando damos um passo a diante, assumindo nossas dores.
Quando comunicamos que não estamos bem, é possível mudar essa situação.
Quando somos vistos, escutados, o processo começa a mudar.
Por isso também criei esse espaço do Caminho do Encontro, com o propósito de compartilhar ideias, modos de vida, situações que meus leitores pudessem se reconhecer e entender que sempre há a possibilidade de uma mudança para um lugar melhor.
Esse grito de alerta desses dois filmes serve para compreendermos que antes de encontrar o fundo do poço, existem chamados, possibilidades de mudanças de rotas que muitas vezes não conseguimos enxergar.