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O Caminho do Encontro
Home Autoconhecimento

Como abordar a falta de desejo sexual nas diferentes fases da vida?

Dra. Flavia Fairbankspor Dra. Flavia Fairbanks
30/03/2022
em Autoconhecimento, Comportamento, Menopausa, Saúde, Sexualidade
3

Uma coisa é bem verdade: a falta de desejo sexual, em algum momento de nossas vidas, é uma queixa extremamente frequente. Estudos científicos mostram que a falta de desejo (ou libido, como anteriormente era chamado) é a queixa sexual mais frequente entre as mulheres de todos os grupos e faixas sociais.

Mas, afinal, o que acontece com aquele “fogo” que as adolescentes apresentam, que nos fazia sentir flutuar, o coração disparar quando encontrávamos o ser desejado? Para onde foi tudo isso? É normal continuar amando alguém, de verdade, e nāo mais desejá-lo(a) como antes? Perder a vontade sexual faz parte da vida???? Essa dúvida permeia a sociedade e atormenta as mulheres há muito tempo.

Para que entendamos melhor esse processo, o primeiro passo é entender, com mais profundidade, o que é a falta de desejo sexual, cientificamente chamada de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo (TDSH). A definição, segundo a Associaçāo Psiquiátrica Americana, é a a diminuição ou ausência de interesse para a prática sexual que traz sofrimento pessoal. Trocando em miúdos, trata-se de uma pessoa que nāo tem mais vontade de executar nenhuma atividade de cunho sexual (fantasias, masturbação, relação sexual) e que esteja sofrendo por esse motivo. Muitas das minhas pacientes referem que “nāo se reconhecem mais, que parecem outra pessoa.”.. e sofrem. A questāo de sofrer por esse motivo é relevante, pois nāo temos mais que rotular as mulheres que optaram por nāo ter mais atividade sexual, que estão super bem com esse quadro, e cujos parceiros reclamavam e queriam que elas fossem mais ativas; quando a mulher está bem consigo mesma…. nāo nos preocupamos.

Mas vamos falar das 26-30% das mulheres que sofrem pelo TDSH, segundo pesquisa recente de 2019. Estudos anteriores já tinham mostrado taxas de 12% (em qualquer faixa etária acima de 18 anos) até 85% (na transição menopausal ou na pós-menopausa). Em algum momento essas cifras nos fazem pensar se nāo é o “normal”, visto estarem acima de 50% para alguns pesquisadores. Porém, algo que nāo existia, surgiu e nos faz sofrer requer atenção e cuidados especiais.

Há mais de 30 anos a Organizaçāo Mundial da Saúde reconheceu a saúde sexual como um dos 4 pilares da saúde global do indivíduo, juntamente com a saúde física, mental e socioeconômica. Sendo assim, uma vez identificada uma questão sexual que cause sofrimento, é dever do profissional de saúde diagnosticá-la e oferecer tratamento.

E quais sāo as principais causas do TDSH? Podemos afirmar que as causas sāo múltiplas. Vamos discutir, brevemente, as mais comuns.

1. Causas hormonais:
As mudanças hormonais sāo causas de diminuição de desejo sexual. A chegada do climatério/menopausa pode causar um declínio na produção dos estrogênios (principalmente o estradiol) e androgênios (marcadamente a testosterona). Esses hormônios sāo responsáveis por parte da resposta sexual feminina, logo seu declínio pode prejudicá-la.

Outras alterações hormonais também podem impactar negativamente na resposta sexual feminina, levando à diminuição do desejo. As oscilações da função tireoidiana (hiper ou hipotireoidismo) e o excesso de prolactina (hiperprolactinemia) sāo causas comumente encontradas de falta de desejo sexual.

Além disso, o uso de alguns contraceptivos hormonais também já foi associado à redução de desejo sexual. Os mais comuns, entre eles, sāo os contraceptivos oais (pílulas anticoncepcionais), mas o mesmo efeito também já foi observado em usuárias do DIU de levonorgestrel ou adesivos e anéis vaginais.

A boa notícia, quando a falta de desejo está vinculada às alterações hormonais, é que sua correção pode melhorar significativamente a vida sexual da mulher. Desta forma, quando bem indicada, vale a pena refletir sobre a troca do método anticoncepcional ou sobre a reposição hormonal na pós-menopausa visando, também, ao resgate da boa qualidade de vida sexual.

2. Problemas de saúde em geral (hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia, doenças cardiovasculares, etc).
Sabidamente quaisquer alterações na saúde do indivíduo pode repercutir na saúde sexual. O importante, claro, é cuidarmos ao máximo de nossa saúde, mantendo o peso adequado, atividades físicas frequentes evitando, assim, o sedentarismo e auxiliando o metabolismo em geral.

Muitas vezes os medicamentos usados para controle das diversas condições de saúde podem impactar negativamente na resposta sexual. Vale a pena observar se a diminuição do desejo sexual coincidiu com a introdução de algum medicamento em particular e, em caso afirmativo, discutir com o médico a possibilidade de troca do mesmo.

3. Depressāo, ansiedade, uso de medicamentos que agem no sistema nervoso central, abuso de álcool e/ou substâncias ilícitas
Atualmente, para nossa grande preocupação, essa é uma das principais causas de falta de desejo sexual nas mulheres. Vem se tornando cada vez mais comum o abuso de substâncias que têm ação no sistema nervoso central, local justamente onde ocorrem as reações bioquímicas necessárias para o início da resposta sexual satisfatória. Mulheres referindo aumento do consumo de bebidas alcoólicas, excesso de medicamentos para insônia, para emagrecer, para acelerar o metabolismo, além da preocupante estatística das usuárias de drogas recreativas vem sendo um cenário muito comum e desafiador. Cabe ao profissional de saúde acolher, orientar e tentar auxiliar na reversão do quadro, ao invés de “apenas” tratar a questão sexual. Muitas vezes, dentre as pacientes que atendemos no consultório, fazemos, a partir de uma queixa meramente sexual, o diagnóstico de depressão, de transtorno de ansiedade ou outro distúrbio emocional. O tratamento completo dessas questões é primordial para o sucesso no tratamento da disfunção sexual.

4. Fatores de relacionamento
Também é frequente a manifestação da queixa sexual de redução de desejo em relacionamentos que passam por períodos de dificuldade. A lenda de que muitos problemas se resolvem na cama, de que relacionamentos “entre tapas e beijos” sāo mais excitantes, etc., nāo se comprova na maioria dos casais. As mulheres, sobretudo, precisam de certa estabilidade no relacionamento para que se soltem sexualmente e aproveitem ao máximo sua feminilidade. Quando há insegurança, agressão de qualquer natureza (emocional, física) ou outro sentimento negativo em relação à parceria, a redução do desejo sexual é frequente e necessitará da abordagem específica do problema causador para que seja solucionada. Esse quadro, infelizmente, também é comumente observado nos casais onde há suspeita e/ou confirmação de infidelidade conjugal, ameaçando muitos relacionamentos.

5. Crenças, mitos, tabus, tipos de criação/educação
Esse tópico é importante, porque é muito comum. Diariamente recebemos mulheres referindo achar “normal” perder o desejo sexual depois de algum tempo do relacionamento, da rotina conjugal, etc. Quando comentamos que nesses casos elas deveriam trazer novidades às práticas sexuais, brincar, inventar algo diferente, etc, somos surpreendidos coma revelação de verdadeiras travas sexuais, muitas vezes trazidos desde a infância/adolescência, questionando o papel feminino quanto à mulher “ que presta” , “ de família”, e assim por diante, como se desfrutar de uma vida sexual prazerosa e sem tabus nāo fosse condizente com a figura feminina que a sociedade valoriza. Por que isso? A resposta, a meu ver, pode ser dolorosa, mas cabe em parte às próprias mulheres que permitem a passagem, através das gerações, desses conceitos. O equilíbrio entre uma vida sexual saudável e satisfatória, respeitando a si mesma e aos que a circulam, e as expectativas sociais é um trunfo a se conquistar a cada dia, mas que merece extrema comemoração quando alcançado.

Nāo cansamos de incentivar nossas pacientes a buscar a satisfação pessoal, emocional, profissional e sexual diuturnamente, pois, na nossa interpretação, buscar a felicidade plena é responsabilidade de cada uma de nós.

Um grande beijo em todas vocês e até nosso próximo encontro,

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Dra. Flavia Fairbanks

Dra. Flavia Fairbanks

• Mestrado e Doutorado em Ginecologia pela USP • Especialização em Endometriose e Sexualidade Feminina • Professora Associada da Universidade de Miami • Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da FMUSP de 1999 a 2001; • Preceptora da Ginecologia do Hospital das Clínicas da FMUSP de 2002 a 2003; • Mestrado em Ginecologia pela Faculdade de Medicina da USP em 2007; • Especialização em Endometriose no Hospital das Clínicas da FMUSP; • Pós-Graduação Latu Sensu em Sexualidade Humana pela FMUSP de 2006 a 2008. Sócia Efetiva • Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia; • Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo; • Sociedade Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva; • Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. • Número de registro no CRM: 93879/SP.

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