Sempre o Caminho teve um olhar mais focado no pilar da Saúde por causa de minha história com a cronicidade de minhas doenças autoimunes.
Com o desejo de trazer sempre informação sobre Menopausa e suas possíveis manifestações no processo físico, hormonal e emocional, desta vez coloquei fui pesquisar sobre a Esclerose Múltipla.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central e tem uma prevalência significativamente mais alta em mulheres do que em homens. Estudos recentes têm começado a desvendar como a menopausa pode influenciar a trajetória da EM em mulheres, particularmente aquelas com 50 anos ou mais.
Me deparei com pesquisas que indicam um aumento contínuo na incidência e prevalência da EM entre as mulheres, com um estudo conduzido em Newcastle, Austrália, destacando um aumento linear na prevalência da doença ao longo de 50 anos. Este estudo encontrou uma razão de gênero feminino para masculino de 3,1, um aumento de 53% na predominância feminina desde 1996, sugerindo que as mulheres são significativamente mais propensas a desenvolver EM do que os homens. Assustador!
A menopausa é um período de mudança significativa nos níveis hormonais femininos, particularmente estrogênio e progesterona, que podem ter um impacto na progressão da EM. Fatores como inflamação, deficiência de vitamina D e obesidade também têm sido vinculados ao aumento da incidência da EM entre mulheres, e a menopausa pode interagir de maneira complexa com esses fatores.
A obesidade, como em várias outras doenças, é um fator de risco conhecido para o desenvolvimento de EM, e a menopausa pode contribuir para o aumento do peso e da inflamação no corpo, potencializando o risco de desenvolver a doença.
A gordura abdominal, em particular, está associada a um aumento da inflamação, o que pode acelerar a progressão da EM em mulheres pós-menopáusicas.
A vitamina D, já sabemos, desempenha um papel crucial na regulação do sistema imunológico, e sua deficiência tem sido associada a um risco aumentado de desenvolver EM. A menopausa pode afetar a capacidade do corpo de metabolizar a vitamina D, potencialmente aumentando o risco de deficiência e, por sua vez, de desenvolver ou agravar a EM.
Entender a conexão entre a menopausa e a EM é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas personalizadas para mulheres. Isso inclui abordagens que considerem as mudanças hormonais, o controle de peso e a suplementação de vitamina D, especialmente em mulheres que estão passando pela menopausa ou que já a atingiram.
À medida que as pesquisas continuam a evoluir, torna-se evidente que a menopausa é um fator importante que precisa ser considerado no manejo da EM em mulheres. Identificar e abordar os desafios específicos enfrentados por mulheres com EM durante e após a menopausa pode levar a melhores resultados de saúde e qualidade de vida.
É por isso que sempre digo que temos que ter médicos que abordam vários fatores para seus diagnósticos.
Cada vez mais se faz imprescindível buscar informações na medicina que correlacionem os tantos sintomas que surgem e que, à primeira vista podem parecer uma coisa que não é.
As médicas colaboradoras do Caminho do Encontro estão sempre em contato com o que há de mais novo na área médica para que suas pacientes sejam olhadas de forma múltipla.
Essa abordagem foi crucial para eu entender minhas doenças autoimunes e tratá-las da melhor forma possível.