A vida é feita de ciclos. Quando piscamos os olhos, não somos mais filhos; nos tornamos pais. E, de repente, temos pais idosos, que precisam de cuidados, sejam físicos, emocionais ou psíquicos.
Pais idosos necessitam de nossa dedicação. Olhar aqueles seres que nos cuidaram e vê-los mais velhos, com mais necessidades, muitas vezes, nos traz um sentimento de tristeza.
Por que?
Porque presenciamos, neles, a finitude da vida. Encarar isso não é fácil.
Eles se tornam nossa responsabilidade. Nos cobramos de ser mais presentes, mais amorosas, mais compassivas. Chega a hora de perdoar, de agradecer, de entender a trajetória deles, com amor e carinho.
Os papeis se invertem, no entanto, às vezes nossos pais não querem abdicar da autoridade e se tornam teimosos, ansiosos e, em alguns casos, depressivos.
Se a nossa relação com eles foi saudável, claro que essa nova relação é muito mais fácil. Mas se não, é hora de ressignifica-la.
Se não costumávamos conversar e perguntar de suas vidas, é hora de fazer. Pais lúcidos são uma dádiva em nossas vidas. Podemos tirar um tempo para descobrir alguns segredos, ouvir o que eles querem contar, desfrutar de um momento especial.
Quem não tem os pais em condições saudáveis, encarar essa condição é a melhor maneira de viver a tarefa dada.
Separe um tempo. Viva esse tempo entendendo que a vida tem seus altos e baixos.
Cuidar de pais idosos pode desgastar muito, mas pode ser um momento de confraternização, de companhia, de assistência.
Idosos costumam ser carentes, e isso é compreensível.
Compreensível também o pensamento tacanho de quem viveu outra geração.
A palavra de ordem é amor. Paciência e aceitação também são ferramentas importantes para que esse momento seja leve e que signifique uma fase de aprendizado para ambos os lados.