Quem já teve que lutar contra doenças autoimunes conhece bem o peso desse desafio.
É um universo de emoções e obstáculos que, frequentemente, é invisível para os olhos de quem está de fora.
Impossível esquecer de todas as vezes que fui internada até conseguir estabilizar meu Crohn.
E, por mais que tente expressar, acredito que somente quem já passou por algo similar pode realmente entender a magnitude do sofrimento. As dificuldades não são apenas físicas, mas também emocionais, sociais e mentais.
Mas há algo que descobri ao longo desse caminho e que mencionei em Live: a vulnerabilidade é o berço da coragem, da empatia e da inovação.
Doenças autoimunes, por mais desafiadoras que sejam, também têm um lado surpreendente: elas nos mostram a profundidade de nossa resiliência.
Ao confrontar e aceitar nossa vulnerabilidade, encontramos uma força paradoxal. Essa força nos conecta com nossos níveis mais profundos, com nossos medos, nossas esperanças e, finalmente, com o nosso verdadeiro eu.
Uma parte importante dessa jornada tem sido o acesso a uma medicina de qualidade.
Ter a possibilidade de tratamentos avançados faz toda a diferença.
Mas, mais do que isso, essa medicina me proporcionou a oportunidade de viver com dignidade, mesmo em meio a tempestades.
Ao lado da medicina, também percebi o valor inestimável de buscar uma qualidade de vida integral, nutrindo mente, corpo e espírito. Isso foi algo que vivenciei de perto com o Caminho do Encontro, não é por acaso que o criei.
A vulnerabilidade, por mais assustadora que possa parecer, pode ser o ponto de partida para uma grande transformação.
Compartilhar nossas lutas, em vez de escondê-las, pode ser uma maneira poderosa de inspirar e ser inspirada.
Juntas, conectadas em nossa humanidade, temos o potencial de reimaginar um mundo onde a ajuda mútua, a inspiração e o crescimento se tornam parte integrante de nossa vida.