Você já parou para pensar que as 5 marcas na alma (exclusão, desamparo, traição, injustiça e vergonha) te impedem de ser quem você é na essência?
Essas marcas atrapalham nossa paz e tranquilidade nas relações com os outros. Começar a cicatrizar essas feridas nos permite ser mais autênticas conosco e com os outros, melhorar nossos relacionamentos, recuperar nossa energia mental e física, diminuir os medos associados às feridas, reduzir a culpa e melhorar nossa saúde mental e física.
São lições de Lise Bourbeau, uma especialista em crescimento pessoal e autora do livro “As 5 feridas emocionais: como superar os sentimentos que bloqueiam sua felicidade”.
- Aceite seu ego, a origem das marcas na alma.
- O primeiro passo para curar essas marcas é admitir a presença do ego, que pode influenciar nossas ações e visões.
- Todas as marcas na alma estão ligadas ao ego. Isso reflete nossa interpretação dos fatos, não necessariamente a realidade. Ele se alimenta de tudo o que aprendemos desde a infância, em épocas passadas.
- Por exemplo, o ego alimenta o medo da imagem que projetamos, o medo de não ser amada, de não ser reconhecida, de cometer erros.
- Reconheça a presença do ego quando ele aparece.
Para curar as marcas na sua alma, você precisa identificar situações em que o ego toma conta.
Algumas dicas para reconhecer o ego:
O ego usa superlativos: sempre que exageramos.
“Você está sempre assim, nunca presta atenção em mim” ou “eu sempre tenho que repetir a mesma coisa para você”, são exemplos de frases que mostram a ativação do ego.
– O ego usa o modo “dever” ou condicional.
“Devo parar de ser tão bondosa” ou “Eu gostaria de poder responder da mesma forma que ele me responde”.
– O ego se identifica com “possuir” (bens, dinheiro, talento) e “realizar” (sou especialista no que faço, ninguém sabe mais do que eu, ou “sou esposa do XYZ, o melhor profissional que eu conheço).
– O ego busca elogios e reconhecimento. “Pague a conta do restaurante quando tiver condições” um exemplo de situação em que o ego busca elogios e reconhecimento.
– O ego não sabe ouvir: tira conclusões precipitadas, fala no lugar de uma pessoa ou interrompe.
– O ego se justifica e se defende, pois considera que a culpa é sempre dos outros, está sempre à procura de alguém para culpar.
- O ego não vive no momento presente, ele habita o passado e sonha com um futuro melhor. “Se eu não tivesse feito isso… então…”.
– O ego se manifesta na culpa: assim que uma vozinha interior sussurra “Eu não deveria ter comido aquele segundo pedaço de bolo”, “Eu não deveria ido ali”. Nós então nos encontramos em um comportamento de julgamento sobre o bem e o mal.
– O ego está na comparação “Por que não sou tão reconhecida quanto minha amiga?”
– O ego é revelado através do desconforto físico.
Quando estamos com raiva de alguém, quando queremos mudar essa pessoa, na realidade somos nós que queremos mudar. Os outros nos mostram o que não aceitamos em nós mesmas. Nestes casos, o ego nos diz “Eu não sou assim”.
Assuma a responsabilidade
Depois de identificar o ego e perceber que reagiu por causa dele, você deve assumir a responsabilidade e não culpar os outros.
“Assumir a responsabilidade permite que você admita que ninguém no mundo está em sua vida para atender às suas expectativas e que elas vêm da falta de amor próprio”.
Lise Bourbeau.
Pergunte a si mesma:
– Como me sinto nesta situação?
– Do que tenho medo?
– Quem estou julgando ou acusando nesta situação?
Então seja gentil. Reserve um tempo para aceitar as consequências dos seus atos e se reconciliar com o outro através da técnica do espelho, ou seja, colocar-se no lugar do outro.
Perdoe-se dando-se o direito de cometer erros e sentindo compaixão por si mesma.