Ao nos defrontarmos com a monumental tarefa de estabelecer um objetivo, somos instintivamente compelidas a buscar inspiração naqueles que, bravamente, já se aventuraram no mesmo território e obtiveram sucesso. Com regularidade, nos voltamos para uma abordagem metódica, semelhante à engenharia reversa, desvelando minuciosamente as estratégias bem-sucedidas desses indivíduos, na esperança de espelhar suas conquistas em nossa jornada. Em um conjunto significativo de circunstâncias, essa metodologia meticulosa pode revelar-se efetivamente produtiva e proporcionar benefícios substanciais ao nosso progresso pessoal e profissional.
Ao incorporarmos os conhecimentos adquiridos através dos triunfos alheios, essas lições servem como um impulso para acelerar nosso avanço, semelhante a um trampolim de alta potência que nos lança em direção ao nosso objetivo. Contudo, é de fundamental importância lembrar que as estratégias empregadas por esses vitoriosos na atualidade, muitas vezes, diferem substancialmente daquelas que utilizavam durante os estágios iniciais de suas respectivas jornadas. A flexibilidade e a capacidade de adaptação, portanto, surgem como componentes cruciais para o progresso, uma vez que os métodos que culminam em sucesso são continuamente aprimorados e ajustados à medida que a experiência é acumulada.
A procura por inspiração em terceiros é inquestionavelmente um valioso instrumento no processo de aprendizagem. Por toda a minha vida, fui receptiva à ideia de aprender e buscar conhecimento com outros, aceitando de bom grado a sabedoria e a orientação oferecidas. No entanto, percebi que essa disposição, em algumas ocasiões, transformou-se em um obstáculo, impedindo-me de realizar uma série de aspirações pessoais. A pressão para dar o primeiro passo, combinada com a comparação constante com modelos de referência, acabou por me confinar a um ciclo de paralisia de ação.
Com o passar do tempo, e através de minha experiência acumulada, compreendi que um começo marcado pela imperfeição ainda detém um enorme potencial para refinamento e crescimento. A busca incessante pela perfeição pode, paradoxalmente, se tornar uma armadilha incapacitante, na qual ficamos presas ao tentar arquitetar um plano irrealizável e idealizado. A obsessão pelo perfeito pode tornar-se o adversário da ação, agindo como um freio que impede que sejamos audaciosas o suficiente para dar início à nossa jornada.
Portanto, cabe destacar que a coragem de iniciar, mesmo que não estejamos munidas de um plano perfeito, constitui uma forma genuína de empoderamento. Começar, mesmo que de maneira imperfeita, é uma autêntica demonstração de coragem, pois abre espaço para a chance de melhoria contínua e avanço progressivo. A perfeição emerge como uma meta alcançável que pode ser continuamente aperfeiçoada com o tempo. Contudo, o elemento mais crucial é possuir a intrepidez para dar o primeiro passo. Como sabiamente afirmou Mark Twain, “o segredo do sucesso é começar”.