Perdemos Rita Lee. Indiscutível e irreparável perda.
A cantora, compositora, multi-instrumentista, foi uma das primeiras mulheres a liderar uma banda no país, deixando uma marca indelével na cultura brasileira, através de sua música e sua personalidade única.
Rita começou sua carreira musical na década de 60, como integrante dos Mutantes, banda que revolucionou a música brasileira com seu som psicodélico e experimental. Em seguida, formou a banda Tutti Frutti e seguiu carreira solo, lançando diversos discos que se tornaram clássicos da música brasileira.
Suas músicas abrangem diversos estilos, do rock ao pop, do samba ao funk, e são marcadas por letras irreverentes, divertidas e muitas vezes provocativas. Rita Lee foi uma das pioneiras na defesa dos direitos das mulheres na música, lutando contra o machismo e a misoginia na indústria musical e inspirando gerações.
Além de sua contribuição para a música, Rita Lee foi uma figura importante no ativismo político e social do país, sendo uma voz ativa na luta em defesa dos direitos humanos. Ela sempre se posicionou de forma crítica e corajosa em relação aos problemas do país, e sua arte é um reflexo de sua visão de mundo.
Foi ela quem criou a canção da abertura da TV Mulher. Quem não se lembra de ‘por isso não provoque, é cor de rosa choque’, marco da emancipação feminina no Brasil?
Vendeu mais discos que Elis, Gal e Bethânia juntas, o que dá a dimensão de seu alcance e importância como artista.
Foi uma mulher revolucionária, que desafiou as convenções e abriu caminho para outras mulheres, não só na música.
Seu legado é uma prova de que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de mudança social e cultural.
Deixo aqui minha homenagem a esse ícone brasileiro.
Que sua arte, e exemplo de postura diante da vida, nunca seja esquecida.