O psicólogo e cientista da computação Geoffrey Hinton, considerado o padrinho da IA, após uma década no Google deixou seu cargo a fim de poder falar mais abertamente sobre os riscos da inteligência artificial, tecnologia que ajudou a construir.
Por muito tempo, Hinton acreditou que os modelos de aprendizado de máquina eram inferiores à inteligência humana, mas mudou de ideia ao ver o quanto o desenvolvimento dessa tecnologia poderia ser veloz. Ele não é a favor de parar as pesquisas, mas trabalhar mais em como podemos fazer para controlar o avanço indiscriminado dela, e nas mãos de quem ela irá parar.
Não sei se você sabe, mas o ChatGPT, por exemplo, cria textos a partir de perguntas e conexões, mas existe uma ferramenta de construção de estratégias que, aliada ao Chat pode ser capaz até de formatar um plano para exterminar a humanidade.
A Inteligência Artificial, por si só, não causa danos, a não ser se for manipulada para isso.
Ao mesmo tempo que ela pode ser super útil para todos, pode significar muita coisa ruim também.
É uma área em rápido crescimento que oferece promessas emocionantes e oportunidades transformadoras. No entanto, junto com suas vantagens, ela também apresenta certos perigos que devem ser levados em consideração e abordados adequadamente.
A IA oferece uma série de vantagens significativas. Uma delas é a capacidade de automatizar tarefas rotineiras e repetitivas, liberando os seres humanos para se concentrarem em atividades mais criativas, estratégicas e complexas. Pode melhorar a eficiência e a produtividade em diversos setores, desde a agricultura até a indústria de serviços, proporcionando economia de tempo e recursos.
Além disso, ela pode ser usada para enfrentar grandes desafios globais, como mudanças climáticas, cuidados de saúde e pesquisa científica. Com sua capacidade de processar grandes quantidades de dados e identificar padrões complexos, a IA pode ajudar a acelerar a descoberta de novos medicamentos, a previsão de padrões climáticos e a otimização de processos industriais, contribuindo para um futuro mais sustentável e saudável.
Ela também tem o potencial de melhorar a experiência do usuário em diversos aspectos, desde assistentes virtuais e chatbots até sistemas de recomendação personalizados. Com algoritmos avançados de aprendizado de máquina, a IA pode entender melhor as preferências e necessidades dos usuários, oferecendo serviços e produtos adaptados às suas demandas individuais.
Em contrapartida, um dos principais desafios é o potencial de perda de empregos. À medida que a IA se torna cada vez mais avançada, certas tarefas e funções podem ser automatizadas, o que pode levar ao deslocamento de trabalhadores em setores como manufatura, transporte e atendimento ao cliente. Isso pode resultar em desigualdade econômica e instabilidade social se não forem implementadas medidas adequadas para mitigar esses efeitos.
Inteligência artificial apresenta riscos relacionados à privacidade e à segurança dos dados. À medida que os sistemas de IA processam e analisam grandes quantidades de informações pessoais, surgem preocupações sobre o uso indevido desses dados. A coleta excessiva de informações pode levar à violação da privacidade e à exposição de dados sensíveis. Além disso, se ela for mal utilizada ou cair nas mãos erradas, pode ser usada para atividades ilegais, como hacking, manipulação de opinião pública ou até mesmo para desenvolver armas autônomas.
Outra questão crítica é a falta de transparência e compreensibilidade dos sistemas de IA. À medida que os algoritmos se tornam mais complexos e sofisticados, é difícil entender como exatamente eles chegam a suas decisões. Isso levanta preocupações éticas e sociais, especialmente quando usada em áreas como justiça criminal, cuidados médicos ou crédito bancário, onde a responsabilidade é primordial.
Qual meu intuito?
Fazer entender que tudo depende do propósito. Que avanços tecnológicos são bem-vindos, mas perversos se estiverem nas mãos erradas.
Assim como na vida cotidiana, tudo depende da intenção.
O respeito ao outro deveria ser o guia para uso de toda e qualquer ferramenta, mas antes disso deveria haver educação, instrução.
A corrida do mercado de inteligência artificial já está acontecendo, portanto impossível parar.
O que poderia ser feito para que o uso fosse responsável?
Deixo aqui essa provocação.
Ao longo do ano falaremos mais sobre isso, certamente.