Jamais Cascio, antropólogo e futurista americano, apresentou uma nova visão do mundo atual: BANI.
A sigla quer dizer:
B: Brittle – Frágil
A: Anxious – Ansioso
N: Nonlinear – Não linear
I: Incomprehensible – Incompreensível
Seu trabalho se concentra na importância do poder da abertura, transparência e flexibilidade como catalizadores de uma sociedade mais resiliente.
BANI diz respeito a como as pessoas perceberam o mundo erroneamente até agora.
O BANI chega para quebrar as percepções atuais da humanidade.
Complexo, não?
A fragilidade representa que as pessoas devem entender que a força é uma ilusão.
Tudo é destrutível e tem uma duração.
Perceber isso é compreender a vulnerabilidade não só das coisas como de todos nós.
Ansiedade tem a ver com o excesso de informação e a lacuna do que se espera e do que se experimenta. Não existe controle e a compreensão disso pode nos levar à entrega e a um desenvolvimento da esperança, sentimento fortalecedor.
Não linear quebra a ilusão da previsibilidade.
Isso pode ser explicado pelo efeito borboleta quando um pequeno evento pode resultar em eventos inesperados e perturbadores.
O incompreensível é a percepção do ‘quanto mais eu sei, sei que não sei’.
O entendimento que há muitos mistérios na vida e nem tudo pode ser comprovado.
O que podemos aprender com essa teoria é que, vivendo em um mundo BANI podemos entender que só uma ação conjunta, de esforços coletivos, da compreensão do outro, da assistência ao outro, podemos construir algo mais benéfico ao mundo. Se somos frágeis, ansiosos, em um universo não linear e incompreensível, precisamos uns aos outros para nossa própria construção.