Foto: Jornal O Globo
A notícia que correu o mundo nesses últimos dias, – e que nos encheu de orgulho -, foi sobre a posse da juíza Ketanji Brown Jackson na Suprema Corte dos EUA.
De Miami para a Suprema Corte, Jackson faz história como a primeira mulher negra na justiça
“A jornada de Ketanji Brown Jackson começou na mesa de jantar com sua família em Miami, e culminou com sua nomeação histórica para a Suprema Corte dos Estados Unidos. Jackson sucederá o juiz Stephen Breyer na Suprema Corte do país depois que o Senado votou na quinta-feira, – 53 a 47 votos -, confirmando à juíza o cargo. Os senadores aplaudiram efusivamente quando a vice-presidente Kamala Harris leu o resultado histórico da votação na tarde de quinta-feira. Jackson será a 116ª pessoa a ocupar o cargo na Suprema Corte. Apenas sete dos juízes que a antecederam eram brancos. Filha de pais que cresceram na segregada Miami, Jackson se tornará a primeira mulher negra e a primeira Floridian na Corte ao fazer o juramento de posse após a saída de Breyer, e começará a atuar após o recesso de verão em junho ou julho. ‘Eu pessoalmente não consigo pensar em nada mais impactante que tenha acontecido para os negros na região de Miami-Dade… E eu vivi na região de Miami-Dade durante toda a minha vida’, disse a deputada democrata Frederica Wilson, uma amiga de longa data da família da juíza.
Jackson, 51 anos, traçou seu caminho para seguir uma carreira jurídica na mudança de trajetória de seu pai, Johnny Brown, de professor de história para advogado nos anos 70. Quando pequena, via seu pai debruçado nos livros de direito na mesa de jantar, enquanto ela preenchia seus livros de colorir ao lado dele. O pai de Jackson acabou atuando como advogado chefe do Conselho Escolar de Miami-Dade, enquanto sua mãe Ellery Brown trabalhava como diretora da New World School of the Arts em Miami.
Durante a audiência de confirmação, Jackson refletiu sobre a jornada que sua família e a comunidade como um todo fizeram desde a infância de seus pais até o momento. ‘Em uma geração – uma geração – conseguimos passar de escolas racialmente segregadas na Flórida para me sentar aqui, como a primeira cidadã da Flórida a ser nomeada para a Suprema Corte dos Estados Unidos’, disse ela.”
Um momento histórico, mostrando ao mundo todo que precisamos mudar!