Algumas vezes já abordei aqui o corpo como tema de importância na maturidade.
Por que?
Porque começamos a nos preocupar com a estética de nossos corpos desde muito jovens, mas a maturidade traz ainda mais – podemos chamar de neuroses -, devido ao envelhecimento natural de todas nós.
O padrão dos corpos foi fixado desde muito cedo em nossas cabeças, seja vendo revistas com mulheres “perfeitas”, assistindo filmes, etc.
Um corpo bonito é um corpo saudável, ou deveria ser…
Não é o corpo que nos define, mas como o vemos e lidamos com ele.
O padrão que consideramos imposto, é imposto justamente por nós mesmas, por uma série de razões e, muitas vezes é inalcançável porque cada uma de nós tem um biotipo e uma genética que deve ser respeitada.
Há uma supervalorização da estética corporal, principalmente no Brasil.
Cada cultura vai construindo seus próprios corpos que viram referência e a maioria de nós, entra nessa” e passa a vida inteira sofrendo em busca de algo que não conseguirá alcançar.
A internet, ao mesmo tempo que trouxe outros padrões e conceitos, também reforça essas referências.
Tratamentos de beleza e cirurgias plásticas estão disponíveis no mercado, e são bem-vindos, mas a minha experiência trouxe a reflexão de que o corpo tem suas razões e antes de tratar o físico, temos que encontrar a nossa autoestima, vontade de nos cuidar e como nos cuidar.
Pensar em um padrão, definitivamente não é o ideal.
Devemos entender o nosso corpo, compreender a sua forma, funcionamento, e respeitá-lo.
Padrões foram feitos para serem quebrados.
Cada uma de nós tem a sua beleza, as suas características. Somos especiais e únicas!
Nos expressamos por meio de nossos corpos e eles devem ser valorizados, afinal são o nosso alicerce de vida.
Nenhuma idade se compara com outra. Nossos corpos mudam ao longo do tempo.
A maturidade é linda!
Se pensarmos com clareza, é na maturidade que nos relacionamos melhor com nossos corpos.
Os modelos da juventude não fazem mais sentido.
Isso não quer dizer falta de cuidado, mas respeito pela história.
Corpos podem ser mudados, a ginástica é bem-vinda para a saúde. O que deveria ser proibitivo é essa busca por uma identidade que não é nossa.
Portanto, fica aqui a dica: se olhe com os mesmos olhos com que olha outras mulheres e as admira.
Valorize-se. Cuide-se. Ame-se.
O caminho vamos construindo, mas sempre com esse foco.