A gente fala muito por aqui sobre maturidade, que tem a ver com a ideia da autenticidade, de ser cada vez mais quem você é. Mas ninguém fala sobre Imaturidade. E a gente também é muito imatura, não é?
Estamos aprendendo todos os dias, tentando entender o que queremos daqui pra frente, o que desejamos realizar, identificando o que não queremos mais, tentando cuidar de nossa saúde física, mental e psicológica, mas será que o tempo todo conseguimos processar nossas emoções e manejá-las de maneira saudável o tempo todo?
Será que não continuamos muito imaturas mesmo depois dos 50?
Será que sempre reconhecemos nossos erros e assumimos nossas responsabilidades por tudo que nos acontece ou continuamos colocando a culpa nos outros?
Será que o tempo todo somos honestas conosco?
Eu percebo que entender nossa vulnerabilidade significa amadurecer, mas nem sempre reconhecemos isso e continuamos sendo duras conosco, nos julgamos, sofremos com julgamentos alheios, reprimimos nossos sentimentos…
Nossos conflitos internos nos levam à sentir raiva, culpa, vergonha, a agir de modo reativo, a reclamar de coisas que não conseguimos mudar. Continuamos a fazer birra!
Quando nossas necessidades não são atendidas, muitas de nós tendemos, mesmo sem perceber, a ter comportamentos infantis e isso pode ter a ver até com traumas do passado ou com a falta de olhar para dentro de si.
Maturidade é construção. É entender os próprios limites e cumpri-los.
É conseguir enxergar a responsabilidade de nosso comportamento. É se concentrar no aperfeiçoamento, nas escolhas, na qualidade de atenção que damos a nós mesmas e ao outro. É aprender a lidar com os próprios medos, vergonhas e superá-los. É se divertir mais, levar tudo menos a sério, se concentrar nas inúmeras possibilidades que temos, é valorizar a própria experiência.
Somos imaturas? Óbvio que sim! Mulheres maduras, imaturas sempre rsrs.
Porque a gente tem que admitir que reage, que ficamos muito bravas com coisas bobas, que temos inúmeras inseguranças, que buscamos padrões dificílimos de serem atendidos, que temos carências… que somos humanas!
Portanto, parte da construção da imaturidade é reconhecer nossa imaturidade. Isso libera o peso e propicia mais ferramentas para seguirmos em nossa evolução.
A solução?
Reconhecer que em muitos aspectos agimos como imaturas e podemos mudar isso.
Relevar, ponderar, nos divertir observando nosso comportamento, são inúmeras coisas que podemos fazer para que a criança imatura não tome mais conta dessa mulher madura, responsável por si mesma.
Que tal concentrar-se no autoconhecimento para que o olhar positivo para si mesma seja uma constante?
Essa é uma dica que faço diariamente para mim, e deixo aqui para vocês.