Há um momento na vida em que os pássaros devem voar.
Não importa o quanto o ninho foi aconchegante, quente ou repleto de amor, a natureza dos pássaros é alçar voo.
A narrativa de uma mãe, como eu, que vê seu filho Lucas preparar-se para novas aventuras é uma bela representação do que chamamos de “síndrome do ninho vazio”. Uma etapa da vida onde os filhos, já crescidos, começam a seguir seus próprios caminhos, deixando os pais com um misto de orgulho e saudade.
Este cenário, com frequência, torna-se um espelho de introspecção, onde pais refletem sobre os anos de dedicação, os momentos compartilhados, as risadas, os desafios e, mais importante, o amor incondicional que moldou cada etapa da jornada.
A descrição do apoio mútuo entre mãe e filho, onde ambos foram pilares nos momentos difíceis, reforça que a base familiar é essencial para o desenvolvimento emocional de ambos.
Lucas, meu filho mais novo, me acompanhou na minha primeira palestra, em maio de 2018.
Levou minha mala e a sua mochila, para estudar na sala de áudio da Livraria Cultura, e terminar o colegial.
Ele colocava os brownies do Luiz, as bebidas e, firme, me acompanhava na minha nova empreitada.
Tenho milhões de fotos, histórias, vídeos, mas essa é uma foto especial.
Meu coração está apertado.
Sinto que necessito me encontrar forte com a sua saída, deixar os espaços para que ele possa encontrar ser entes queridos nestes últimos dias no Brasil.
Assim como os pássaros, Lucas agora parte em busca de novos horizontes.
Mas, assim como o ninho permanece intacto esperando pelos pássaros que retornam, o amor e as memórias compartilhadas sempre aguardarão por ele.
Compartilho no portal minha vivências porque sei que muitas que estão lendo, se identificam com esse momento e só assim podemos entender, e ressignificar, aquilo que sentimos.