A verdade é que eu acredito que não deveria ser “até que a morte nos separe” e sim: “até que a vida nos separe”.
Os últimos dois anos nos colocou em tantas situações novas, difíceis, ansiosas, desconhecidas, incertas, onde tivemos que reaprender a nos adaptar em primeira pessoa assim como dentro de nossas relações, principalmente nessa com nosso parceiro.
Desgaste, excesso de presença, trabalho em casa, incertezas financeiras, medos, tratar de entender todas essas coisas novas que a vida nos colocou obrigatoriamente, aceitando e nos adaptando.
Pagamos custos altíssimos principalmente psicoemocionais, desde quem teve covid ou não, passando por quem perdeu algum ente querido, a vida nos apresentou uma nova dinâmica, novos espaços onde penso que o “até que a morte nos separe” era antigamente muito mais fácil.
Hoje a vida, o mundo exterior, o saber blindar as relações assim como blindar a si mesmo, foi, é e segue sendo, acredito que por muito tempo, um enorme desafio.
Sigo pensando na alegria e na tristeza, na saúde e doença, considerando que era muito mais simples do que atualmente.
Mas nesses tempos ganhamos duas conquistas importantes: a primeira é dar valor à vida.
A segunda, por ordem de importância, o poder de adaptação aos tempos novos.
Que não nos falte o compromisso, as vontades, a paciência, a atitude e, sobre tudo, a palavra resiliência.
Estamos vivendo muitas coisas.
Respire e recomece.