Você já parou para refletir sobre a congruência entre aquilo que declara ser importante em sua vida e o tempo e atenção que realmente dedica a esses aspectos? Essa interrogação pode ser mais profunda do que parece à primeira vista e pode revelar muito sobre nossa autoestima, autocuidado, relações afetivas e a maneira como vivenciamos o nosso cotidiano.
Com frequência, expressamos com entusiasmo os nossos desejos, nossos gostos, os planos futuros, mas quantas vezes essas declarações se traduzem em ações concretas? Quantas vezes nos pegamos imersos em uma desconexão entre o que consideramos importante para nós e o quanto de atenção real dedicamos a isso?
Essa reflexão se torna particularmente relevante quando pensamos em aspectos tão essenciais de nossa existência como as relações afetivas.
Se nos declaramos amantes da família e dos amigos, por exemplo, quão frequentemente reservamos tempo de qualidade para compartilhar com essas pessoas que são importantes para nós? Se falamos da importância do amor-próprio, quantas vezes realmente dedicamos um tempo para cuidar de nós mesmos, seja por meio de uma alimentação saudável, de exercícios físicos regulares ou simplesmente de um momento de relaxamento e reflexão?
Essa dissonância entre o que dizemos e o que fazemos pode, na verdade, minar nossa autoestima. Afinal, a autoestima é alimentada pela congruência entre nossas palavras, nossas intenções e nossas ações. Quando agimos de acordo com nossos valores e prioridades declarados, fortalecemos nosso senso de autoeficácia e, por extensão, nossa autoestima.
Por outro lado, o autocuidado genuíno envolve um compromisso consciente e contínuo para honrar nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Requer que sejamos verdadeiros com nós mesmos sobre o que é realmente importante para nós e que estejamos dispostos a dedicar tempo e esforço para nutrir essas áreas de nossa vida.
Assim, vale a pena refletir regularmente sobre essa sobreposição entre o que dizemos e o que fazemos, especialmente no que se refere ao que consideramos ser importante. Ao fazer isso, podemos identificar onde estão os nossos desalinhamentos e tomar medidas para trazê-los de volta à congruência. Isso não apenas nos ajuda a viver uma vida mais autêntica e satisfatória, mas também fortalece nossas relações afetivas, melhora nossa autoestima e aprimora nosso autocuidado.