Você sabia que estudos mostram que somente 20% da nossa longevidade está relacionada à herança genética?
Surpreendentemente, os outros 80% estão ligados ao nosso estilo de vida e ao ambiente ao nosso redor. Eu senti muita diferença, não só no meu corpo e bem-estar, como também na minha saúde psicológica e emocional, quando comecei a aliar cuidados como terapia, exercícios físicos, mudança na alimentação, entre outros.
Como podemos influenciar positivamente nossa longevidade?
Nessa pesquisa, que durou 8 anos e teve parceria com a National Geographic, um jornalista, além de cientistas e demógrafos especialistas em longevidade, as chamadas zonas azuis – lugares onde as pessoas chegam a ultrapassar os 100 anos de idade, podem nos oferecer valiosas lições.
As zonas azuis são áreas no globo terrestre onde as pessoas vivem significativamente mais, superando as médias de expectativa de vida tanto globais quanto nacionais, e onde doenças crônicas são raras.
Esses locais são lar de uma porção impressionante de centenários. Até agora, cinco dessas zonas foram reconhecidas: Okinawa no Japão, a área de Ogliastra na Sardenha, Itália, a península de Nicoya na Costa Rica, Ikaria na Grécia e a comunidade adventista em Loma Linda, Califórnia.
Mas o que exatamente essas zonas nos ensinam?
Dan Buettner, o jornalista por trás do estudo dessas áreas, identificou nove práticas comuns, conhecidas como os “9 Poderosos”, que contribuem para a saúde e longevidade excepcionais dessas populações.
Entre essas práticas, destaca-se uma alimentação centrada em plantas. Nas zonas azuis, cerca de 95% da dieta vem de vegetais, frutas e grãos, com o consumo de carne limitado a uma média de cinco vezes por mês.
O equilíbrio e a moderação na alimentação são fundamentais, como observado em Okinawa, onde as pessoas comem até se sentirem 80% satisfeitas.
A atividade física natural, incorporada à vida diária através de tarefas como a agricultura, caminhadas e dança, é outra característica vital dessas comunidades. Além disso, a importância de desacelerar, praticar a meditação e manter a mente tranquila é reconhecida como essencial para a saúde mental e física.
Um propósito de vida claro, que guia o dia a dia e motiva a contribuição para a comunidade, é considerado um fator que pode acrescentar até sete anos à expectativa de vida. A força da comunidade, os laços familiares e as amizades também são valorizados, criando um sistema de apoio robusto.
Curiosamente, o consumo moderado de álcool é comum, com exceção dos adventistas de Loma Linda, destacando-se o costume de um vinho às cinco da tarde. A fé e o pertencimento a uma comunidade religiosa ou espiritual complementam os elementos que contribuem para a longevidade nessas zonas.
Estas zonas azuis desmistificam a longevidade, mostrando-a como resultado de escolhas conscientes e de um compromisso com o autocuidado e bem-estar, ao invés de um fenômeno mágico. Este conhecimento nos convida a refletir sobre nossos próprios hábitos de vida.
Fiquei muito feliz em encontrar esses dados porque vão completamente ao encontro do Caminho. Aqui no portal temos inúmeras matérias acerca da importância do cuidado físico, de manter relações saudáveis, alimentação balanceada, buscar um propósito, aprender a meditar ou fazer algo que gosta. Isso só fortalece meu trabalho constante de trazer conteúdo de qualidade para você.
Se quiser se aprofundar sobre o assunto, minha dica é ler ‘Zonas azuis da Felicidade: lições das pessoas mais felizes do planeta’. E também tem um documentário na Netflix: ‘Como viver até os 100: os segredos das zonas azuis’.