Esse foi o tema de mais um encontro presencial de nossa Jornada da Maturidade.
Escolhi esse tema porque é necessário rever as inúmeras causas que fazem a gente se afastar de nossa essência.
Quando crianças somos educadas a negar a nossa própria natureza. Aos poucos, somos “convidadas” a nos envergonhar de quem somos, influenciadas por modelos e normas estabelecidos.
A adolescência é uma época de revolta, mas todas as informações apreendidas estão vivas em nossa memória.
Dependendo da educação que tivemos, é muito difícil respeitar a própria essência e traçar um caminho de absoluto autorrespeito. Cedemos, nos encaixamos, transformamos rotas, perseguimos sonhos que talvez não eram genuínos.
Em uma época da vida, nem sequer sabemos quais são as nossas vontades. Nos familiarizamos com a ideia de que negar a nossa vontade irá ajudar a nos livrar de tentações. Em algum momento elas se manifestam e não conseguimos lidar com elas.
Quando ficamos ansiosas, tristes, apáticas, depressivas, sem expectativas, sem propósitos, sem esperança, é o diálogo conosco que está clamando para acontecer.
Ele insiste, o tempo todo, em aparecer.
Enquanto nos apegarmos às máscaras para sermos aceitas, à falta de tempo, à velha frase: “o tempo passou”, não conseguiremos nos encontrar.
Acredite ou não, o universo conspira. A vida nos pressiona para vivê-la em sua plenitude. O corpo pede, a mente grita…
Na Maturidade começamos a ouvir o grito!
Nessa fase da vida, somos mais “inteiras”, ou buscamos ser. Isso não quer dizer que seja fácil. A fuga sempre traz um alívio temporário.
Muitas de nós criamos uma fachada para não sermos descobertas. Não queremos que nossos pensamentos, desejos obscuros, insatisfações, venham à tona. Neste esconde-esconde nos perdemos na nossa própria sombra.
Ficamos cegas perante as tantas possibilidades de nossa vida.
Quando paramos de fingir ser o que não somos, quando já não sentimos a necessidade de nos esconder, conhecemos a liberdade.
Junto disso, vem a responsabilidade e a coragem.
Para isso, é necessário duvidar das nossas crenças e hábitos. É preciso criticar, de forma construtiva, nossos comportamentos e permitir enxergar as nossas vontades.
A existência é liberdade em meio a possibilidades. É poder ser. A experimentação sempre é um risco, não tem garantias, mas traz satisfação e resultados significativos.
Reveja a sua vida. Aceite suas vontades. entenda e respeite a sua imagem. Busque o amor próprio.
Admire quem você é essencialmente.
Se encontre nos seus perdidos. admire os seus pontos fortes cada vez mais. Transforme o que te faz mal.
O encontro consigo mesma é único e intransferível, mas proporciona surpresas inesperadas.