Você sabe o que é Câncer de Mama? Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, é o tipo de câncer com maior incidência em mulheres, sendo responsável pelo maior número de mortes no universo feminino dentre todos os tipos de cânceres.
O “Outubro Rosa”, movimento internacionalmente conhecido e representado pelo laço rosa, que simboliza a luta contra o câncer de mama, é o mês de conscientização da população para o controle da doença e da realização de exames, muito importantes para o diagnóstico precoce.
O médico especialista verifica eventuais alterações nas mamas e está apto a conduzir o diagnóstico e, a partir daí, solicitar a abordagem de uma equipe médica multidisciplinar para estabelecer um tratamento integral da paciente, dentre estes, o dermatologista.
Sintomas
Há diversos tipos de câncer de mama, que podem evoluir de formas diferentes. A exposição prolongada aos hormônios femininos, maus hábitos alimentares, sedentarismo e fatores genéticos também são envolvidos.
Entre os principais sintomas, o INCA cita:
• Aparecimento de nódulo (“caroço”) na mama, fixo e indolor (principal manifestação e presente em 90% dos casos);
• Pequenos nódulos nas axilas ou pescoço;
• Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades na pele, ou que fazem a pele assemelhar-se à casca de uma laranja
• Dor no mamilo ou inversão (mamilo “para dentro”)
• Vermelhidão ou descamação do mamilo ou da pele da mama
• Saída de secreção espontânea pelo mamilo (fora da amamentação)
Ao aparecimento de quaisquer desses sintomas, é fundamental consultar um especialista para uma avaliação diagnóstica.
O papel do dermatologista
Uma vez diagnosticado o câncer de mama, o dermatologista tem papel importante, pois os cuidados com a pele, unhas e cabelos são fundamentais nessa fase.
Tratamentos como a radioterapia, por exemplo, podem ocasionar queimaduras na pele. Por isso, é importante lavar o local com sabonete neutro, manter a área limpa e seca, evitar produtos à base de álcool e perfumes e evitar tomar sol no local.
Entretanto, como a abordagem terapêutica depende do grau de acometimento, é necessária a avaliação e recomendação formal e presencial de um dermatologista.
Se o tratamento for com quimioterapia, podem ocorrer vários efeitos dermatológicos, como ressecamento da pele, coceiras, alterações na pigmentação, surgimento de acne, síndrome mão-pé (ressecamento que pode causar rachaduras, vermelhidão, descamação), problemas nas unhas devido à baixa da imunidade, muita sensibilidade ao sol e a tão conhecida queda dos cabelos.
Algumas recomendações para essa situação são as seguintes:
• Ressecamento de pele: nessa fase, é recomendado o uso de hidratantes específicos para o corpo e o rosto, que sejam não-comedogênicos (não formadores de cravos), sem perfumes e hipoalergênicos, a fim de minimizar a chance de irritação e alergias;
• Coceiras: banhos rápidos e com água morna, são mais indicados. Também é importante não esfregar a pele na hora de secar e hidratar bastante a pele após o banho;
• Alteração na pigmentação: evitar exposição ao sol e usar maquiagem hipoalergênica. A pele fica muito sensível durante os tratamentos e, por isso, caso o paciente já possua manchas, é importante aguardar o término da quimioterapia ou radioterapia para verificar a possibilidade de uso de clareadores e ácidos, com um dermatologista;
• Síndrome mão-pé: utilizar sabonetes suaves e hidratantes (indicados pelo médico) várias vezes ao dia;
• Quanto às unhas, as condições melhoram com o término da quimioterapia, mas não devem ser utilizados produtos à base de acetona e recomenda-se usar somente esmaltes hipoalergênicos;
• Sensibilidade ao sol: manter braços e pernas cobertos (tecidos com proteção UVA e UVB), óculos escuros e chapéus, filtro solar (fator pelo menos 30) e evitar exposição solar das 10h00 às 15h00, mesmo em dias nublados;
• Queda de cabelos: existem alguns cuidados como o uso de toucas com resfriamento, durante a quimioterapia, que ajudam a minimizar a queda. Quando necessário escolher perucas que tenham fita adesiva hipoalergênica, e o recomendado é que seja feito o teste com adesivo no braço por 24 horas, antes de iniciar o uso. Caso opte por perucas coladas por 20 a 30 dias, que a base seja em silicone. Vale lembrar que após a liberação médica podem ser realizadas sessões de laser e intradermoterapia, com medicações e vitaminas, que aceleram o crescimento capilar.
Durante o tratamento da doença, consultar um dermatologista é fundamental para cuidar bem da pele, unhas e cabelos.
Mulher, se cuide!